Espaços seguros são saúde mental
- Affirmative Q
- 27 de ago.
- 2 min de leitura

Quando pensamos em saúde mental, é comum imaginarmos consultas, psicoterapia ou estratégias individuais de autocuidado. No entanto, a nossa saúde emocional também se constrói fora desses contextos, através da forma como nos relacionamos com os outros, do tipo de ambientes que frequentamos e das experiências culturais e sociais que vivemos.
Para muitas pessoas LGBTQIA+ e para a comunidade em geral, espaços inclusivos como o Werkroom representam mais do que um local de lazer. São lugares de afirmação, onde podemos respirar fundo, ser quem somos sem máscaras e experimentar o sentido de pertença.
A psicologia tem mostrado o quanto isto é essencial. A teoria da minoria stress (Meyer, 2003) descreve como pessoas de grupos marginalizados vivem níveis acrescidos de stress devido ao preconceito, estigma e discriminação. Esse stress constante não é apenas uma questão individual, mas estrutural, e tem impacto real na saúde mental, aumentando a ansiedade, a depressão e o isolamento.
É aqui que entram os espaços seguros e inclusivos. Eles funcionam como fatores de proteção. Num local onde não precisamos de justificar a nossa identidade, onde a diversidade é celebrada e não apenas tolerada, encontramos alívio desse stress crónico. Podemos simplesmente existir, sem a preocupação constante de nos defendermos.
Do ponto de vista comunitário, ambientes como o Werkroom ajudam a reduzir a solidão, fortalecem redes de apoio e criam oportunidades para expressarmos a nossa autenticidade. E isso traduz-se diretamente em saúde mental.
Cuidar de nós não se resume a procurar ajuda profissional quando estamos em crise. Também passa por escolher ambientes que nos nutram, que validem quem somos e que nos façam sentir parte de algo maior. O Werkroom é um desses lugares. É um convite para estarmos juntos, para nos reconhecermos uns nos outros e para lembrarmos que todos merecemos sentir-nos em casa no mundo. 🌈
Autor,
● Meyer, I. H. (2003). Prejudice, social stress, and mental health in lesbian, gay, and bisexual populations: Conceptual issues and research evidence. Psychological Bulletin, 129(5), 674–697. https://doi.org/10.1037/0033-2909.129.5.674
● Baumeister, R. F., & Leary, M. R. (1995). The need to belong: Desire for interpersonal attachments as a fundamental human motivation. Psychological Bulletin, 117(3), 497–529. https://doi.org/10.1037/0033-2909.117.3.497
● Seromenho, R. H. (n.d.). Affirmative Q – Psicologia afirmativa LGBTQIA+. Retrieved August 26, 2025, from https://www.affirmativeq.com
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